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Brasil passa de 8 milhões de casos de Covid-19 e tem a maior média móvel de mortes dos últimos 128 dias

Foram 1.379 óbitos e 84.977 registros de novas infecções nas últimas 24 horas
Cemitério de Manaus tem ala reservada para mortos pela Covid-19 Foto: MICHAEL DANTAS/AFP / MICHAEL DANTAS/AFP
Cemitério de Manaus tem ala reservada para mortos pela Covid-19 Foto: MICHAEL DANTAS/AFP / MICHAEL DANTAS/AFP

RIO — O Brasil registrou nesta sexta-feira 1.379 mortes e 84.977 casos por Covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, já são 201.542 vidas foram perdidas para o novo coronavírus, além de 8.015.920 pessoas infectadas. A média móvel de mortes ficou em 872, a maior desde 3 de setembro, há 128 dias. A de casos ficou em 45.294.

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A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

O número total de casos registrados nesta sexta-feira foi o maior desde o início da pandemia. No entanto, o estado do Paraná registrou mais de 30 mil casos antigos que foram revisados.

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Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Fiocruz e Butantan pedem à Anvisa autorização emergencial de uso para vacinas

Também nesta sexta-feira, a Fiocruz e o Instituto Butantan pediram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para uso emergencial de suas vacinas. A Fiocruz desenvolve sua fórmula com a Universidade de Oxford em parceria com o laboratório britânico AstraZeneca. O Instituto Butantan pediu autorização emergencial de uso para a CoronaVac , desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. O prazo para análise de ambos os pedidos é de dez dias.

Um lote emergencial de 2 millhões de doses da vacina de Oxford foi comprada pelo governo federal e será importada do laboratório Serum, da Índia. A expectativa é que as doses cheguem ao Brasil nos próximos dias, sejam rotuladas na Fiocruz e distribuídas no Brasil.  Além do pedido de autorização emergencial de uso, a Fiocruz deve solicitar o registro definitivo até o dia 15 de janeiro.

Nesta quinta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou que o governo também comprou um total de 100 milhões de doses da CoronaVac que serão produzidas no Instituto Butantan, de São Paulo.

Defensoria pede adiamento do Enem por crescimento de casos de Covid-19

A Defensoria Pública da União (DPU) pediu nesta sexta-feira o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) à Justiça Federal da 3ª Região, devido ao aumentos de casos da Covid-19. As provas do exame estão previstas para ocorrer de forma presencial nos dias 17 e 24 deste mês e de forma virtual em 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

"Temos agora uma prova agendada exatamente no pico da segunda onda de infecções, sem que haja clareza sobre as providências adotadas para evitar-se a contaminação dos participantes da prova, estudantes e funcionários que a aplicarão", escreveu a DPU na peça.

Procurados pelo GLOBO, Inep e MEC ainda não se manifestaram sobre o pedido da DPU.

O documento pede que a prova seja adiada "até que possa ser feito de maneira segura, ou ao menos enquanto a situação não esteja tão periclitante quanto agora".  Ao todo, mais de 5,7 milhões de inscrições foram confirmadas nesta edição, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).