Após a solenidade de comemoração dos 50 anos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o ministro da Educação, Rossieli Soares, disse que não há necessidade no Brasil de um projeto como o "Escola sem Partido": "Acho que o Brasil não precisa de um projeto de lei desses, não pode ter ideologização nem partidarização dentro da escola, nem de um lado nem de outro", afirmou. "O que a gente precisa ter é uma ideologia da aprendizagem", completou.
No momento em que o presidente eleito Jair Bolsonaro define o futuro ministro da Educação, o titular do cargo disse torcer para que seja escolhido alguém que "ame a educação". Hoje Bolsonaro reuniu-se com o procurador da República Guilherme Schelb, cotado para assumir a pasta. Ele é uma das principais vozes favoráveis à aprovação do projeto de lei chamado Escola sem Partido.
Em contrapartida, o ministro extraordinário do gabinete de transição, Onyx Lorenzoni, fez um desagravo ao Instituto Ayrton Sena, e a um de seus diretores, o professor Mozart Ramos, que foi cotado para assumir a pasta. A bancada evangélica, entretanto, que quer a aprovação do projeto de lei, criticou a possível escolha de Mozart.
O projeto que institui em todo o país a Escola sem Partido estabelece os direitos dos pais de que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas convicções. Também prevê que a educação não desenvolverá politicas de ensino nem adotará currículo escolar que tenha como disciplinas temas como "ideologia de gênero, o termo gênero ou orientação sexual".