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Por Jornal Nacional


OCDE conclui que Brasil foi um dos países que menos investiram em educação durante a pandemia

OCDE conclui que Brasil foi um dos países que menos investiram em educação durante a pandemia

Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico concluiu que o Brasil foi um dos países que menos investiram em educação durante a pandemia.

É um trabalho diário. A diretora deixa a escola estadual na Zona Leste de São Paulo e entra na comunidade atrás de alunos que estão faltando. As mães falam de suas dificuldades: “Não tinha internet e celular também não tinha para fazer aula”.

Levar de volta os alunos que abandonaram a escola é parte importante de um esforço, mas que precisa ser ainda muito maior. A educação no Brasil, que já vinha com dificuldades em avançar, foi uma das mais prejudicadas no mundo durante a pandemia, segundo relatório que compara os 38 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.

Fomos o segundo país com mais dias de escolas fechadas durante a crise sanitária: 178 dias contra a média de 68 dias dos outros países.

A desigualdade social aparece quando vemos que apenas 20% dos estudantes brasileiros com diploma superior vieram de escolas públicas. A média da OCDE é de 66%.

O Brasil também está entre os países que pagam o menor salário ao ano para os professores: quase metade da média dos países da OCDE.

Temos um dos mais baixos investimentos em educação: US$ 3.250 por aluno ao ano contra mais de US$ 10 mil na média dos 38 países. Não houve aumento de recursos em 2020, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia.

“O governo federal tem um papel fundamental que é o de coordenação no caso da educação. Deveria estar olhando como ele pode apoiar financeiramente os municípios e os estados brasileiros na reforma de escolas, na compra de computadores para crianças e professores. Poderia estar apoiando, também, no trabalho de complementação de programas de renda que existam nos municípios e nos estados. Infelizmente, o governo federal não está fazendo nada disso”, diz Alexandre Schneider, presidente do Instituto Singularidades.

A incansável diretora se emociona com a missão que, mais do que nunca, precisa ser de todos.

“Que eles consigam concluir a escola, consigam ter um trabalho digno depois desse processo todo. Eles não podem ficar para trás”, diz a diretora de escola Jucilene Freitas.

O Ministério da Educação não se manifestou sobre os dados apresentados pela OCDE.

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