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Bolsonaro efetiva Victor Godoy como ministro da Educação

Bolsonaro efetiva Victor Godoy como ministro da Educação

O presidente Jair Bolsonaro efetivou Victor Godoy como ministro da Educação. É o quinto titular do MEC no atual governo.

Victor Godoy era um dos convidados para uma sessão solene do Senado. Seria o primeiro compromisso público depois da oficialização do nome dele, mas o novo ministro não compareceu.

Victor Godoy está no MEC desde julho de 2020. Foi secretário-executivo, o número dois do ex-ministro Milton Ribeiro. Formado em Engenharia de Redes de Comunicação de Dados pela Universidade de Brasília, trabalhou de 2004 a 2020 como auditor federal de finanças e controle da Controladoria-Geral da União.

O agora ministro Victor Godoy já estava interinamente no comando do MEC desde o final de março, quando o então ministro Milton Ribeiro deixou o cargo após as denúncias de que os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, sem cargos no ministério, intermediavam recursos da educação em troca de propina em dinheiro, ouro e até com a compra de bíblias.

Milton Ribeiro disse que, a pedido do presidente Bolsonaro, o governo priorizava prefeituras que pediam recursos por intermédio do pastor Gilmar Santos.

Victor Godoy participou de pelo menos cinco reuniões com a presença do então ministro Ribeiro e os pastores.

De acordo com o MEC, ele foi o responsável por encaminhar o pedido de investigação sobre a atuação dos pastores à Controladoria-Geral da União.

Victor Godoy foi convidado para prestar depoimento em maio na Comissão de Educação do Senado, que investiga as suspeitas de irregularidades.

Além da CGU, o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal também estão investigando as denúncias.

Em março, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Procuradoria-Geral da República avalie se há elementos para que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado. Até agora, a equipe de Augusto Aras não respondeu ao STF.

Victor Godoy é o quinto ministro da Educação em pouco mais de três anos do governo Jair Bolsonaro.

O primeiro foi Ricardo Vélez Rodriguez, que ficou três meses no cargo. Abraham Weintraub, o segundo. Deixou o cargo depois de erros na edição de 2019 do Enem e de defender a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal.

Carlos Alberto Decotelli da Silva saiu antes mesmo de tomar posse, após denúncias sobre informações falsas no currículo dele. Milton Ribeiro ficou 20 meses à frente do cargo.

A data da solenidade de posse de Victor Godoy ainda não foi marcada.

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