O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que em seu governo "acabou a corrupção no Brasil". Diante de suspeitas de superfaturamento de ônibus escolares e da investigação sobre vacinas da Covaxin, o presidente argumentou que se trata apenas de "suspeitas" de compras não efetivadas.
"Acabou a corrupção no Brasil. Nos acusam de suspeita de corrupção. Me acusaram de suspeita de corrupção no caso da vacina da Covaxin. Eu não comprei uma dose, não paguei um centavo. Suspeita de corrupção de compra de ônibus para educação. Não foi feita a licitação", argumentou, em entrevista à "Rádio Liberal", do Pará.
De responsabilidade do Ministério da Educação, a licitação de ônibus não ocorreu por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), que exigiu esclarecimentos após reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" revelar que o governo aceitou pagar até R$ 480 mil por um veículo que, de acordo com técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), deveria custar no máximo R$ 270 mil.
Com isso, a licitação teria um sobrepreço de R$ 700 milhões.
Em provocação a um de seus adversários políticos, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), Bolsonaro citou operações da PF no Estado e ressaltou que não há motivos para investigações no governo federal.
"É um governo que se prima pelo combate à corrupção na prática. Quantas vezes aí no Pará o governador recebeu a visita da Polícia Federal? Aqui não tem visita da PF, não tem o que investigar aqui. Não fazemos nada de errado. E, se porventura aparecer algo de errado, a gente colabora com a investigação", disse.