Por G1 SP — São Paulo


Ato dos funcionários da educação da cidade de São Paulo deposita coroas de flores em frente ao prédio da Prefeitura nesta quarta (10). — Foto: Divulgação/Sindisep

Sindicatos representantes dos professores municipais e demais funcionários da Educação de São Paulo fizeram nesta quarta-feira (10) um ato em frente a sede da Prefeitura contra a retomada das aulas presenciais nas escolas da cidade, no próximo dia 15 de fevereiro.

No ato denominado “Luto por uma escola sem Luto”, os manifestantes depositaram coroas de flores na frente do prédio onde despacha o prefeito Bruno Covas (PSDB), como em um velório.

Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), a mobilização é um protesto contra a volta das atividades presenciais nas escolas, sem a devida segurança sanitária para os servidores. Os sindicatos condicionam a retomada das aulas à disponibilidade de vacinas para todos os profissionais do segmento.

“Não tem vacina nem para os profissionais de saúde, que dirá para os profissionais de Educação...Não é possível uma abertura nesse momento, sem a mínima condição que é dos profissionais e população vacinados. Uma volta dessas coloca em risco não apenas os profissionais, mas as crianças e suas famílias”, afirmou o representante do Sindsep, Alexandre Gianecchinni.

Além do Sindsep, participaram do ato o Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem), o Sindicato dos Educadores da Infância (Sedin) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação (CNTE). O grupo também fez uma carreata pelas ruas da cidade que terminou em frente a Secretaria Municipal de Educação (SME).

Ato em frente ao prédio da prefeitura realizado por sindicatos dos trabalhadores da educação nesta quarta (10). — Foto: Divulgação/Sindisep

Os sindicatos reivindicam a manutenção do trabalho remoto a todos que trabalham nas escolas e CEUs da cidade, vacinação dos profissionais de educação, testagem em massa para isolar o vírus e manter o controle da doença, equipamentos de proteção de qualidade e em quantidade suficiente.

Por meio de nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), disse que “está preparada e recebeu aval das autoridades de saúde para o retorno seguro”.

“A secretaria respeita os docentes que fazem parte do grupo de risco e que não podem retornar às atividades presenciais. A pasta já contratou mais de 4 mil professores temporários para substituir estes docentes quando as aulas presenciais forem retomadas. O diálogo com a rede e com as entidades sindicais é constante para preparar o retorno”, afirmou a nota.

Os sindicatos também registraram um boletim de ocorrências no 16º DP por suposto constrangimento ilegal de profissionais do segmento, que, segundo os sindicalistas, estão sendo obrigados pela administração municipal a voltarem às aulas presenciais sob risco de vida.

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