Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) divulgou propostas de mudanças no Ensino Médio, mexendo diretamente em diretrizes aprovadas no governo de Michel Temer e que começaram a ser implementadas no ano passado. O ponto central é o retorno à lista de disciplinas obrigatórias de matérias como História e Geografia, além do aumento da carga horária para a formação básica e a redução do número dos chamados itinerários formativos, de cinco para três. A proposta também veda a educação à distância para o curso das disciplinas básicas.
Cabe ressaltar que as propostas ainda serão consolidadas antes de serem enviadas ao presidente Lula, que decidirá como as mudanças serão encaminhadas. A expectativa é de que um projeto definitivo seja enviado ao Congresso em setembro, onde será analisado pelos parlamentares e poderá sofrer modificações antes de seguir para plenário.
A mudança no modelo do Ensino Médio que começava a ser implementado era uma demanda de educadores e políticos próximos a Lula. Havia queixas quanto à divisão da carga horária, além da supressão de matérias ligadas às Ciências Humanas do currículo básico obrigatório, e questões diretamente relacionadas à infraestrutura das escolas — para especialistas, em algumas unidades seria impossível implementar as mudanças propostas em 2017, ampliando o abismo dentro do sistema educacional brasileiro. Desde abril, a implementação desse modelo de ensino médio está suspensa, para permitir um debate sobre um sistema mais eficiente e abrangente.
O Ao Ponto começa a semana discutindo os planos do MEC para o Ensino Médio, e conversa com o colunista de Educação do GLOBO, Antônio Gois. Ele fala sobre as propostas que devem ser enviadas ao Congresso, apontando alguns pontos ainda não esclarecidos, e como eles podem afetar a vida dos estudantes. O colunista debate ainda os planos do governo de São Paulo para adotar, de forma mais ampla, livros digitais nas escolas do estado — planos esses que estão sob pesadas críticas de professores e especialistas.
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