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As histórias de quem luta para salvar o ano perdido da educação

Alunos, professores, pais de estudantes,candidatos ao Enem e donos de escolas viveram os últimos seis meses angustiados. E assim seguem
Moradora da Vila Kennedy, Jiuliana França, 16 anos, é grata por pelo menos ter computador e acesso a internet Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
Moradora da Vila Kennedy, Jiuliana França, 16 anos, é grata por pelo menos ter computador e acesso a internet Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

RIO - Pais que precisam trabalhar e não têm com quem deixar seus filhos; jovens que estão há seis meses sem nem o ensino remoto; alunos com deficiências ainda mais alijados da educação formal; professores que precisaram se reinventar; donos de escolas que sofrem vendo o trabalho de uma vida se desfazer.

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Contadas a seguir, essas histórias diversas têm um mesmo ponto de partida: a suspensão das aulas presenciais provocada pelo surto do novo coronavírus. Em conjunto, retratam a delicada relação entre os riscos à saúde e as inevitáveis sequelas de um período como nenhum outro na História recente.

A verdade é que a pandemia de Covid-19 tem sido especialmente dura com a comunidade escolar. Alunos, professores, pais de estudantes, universitários, candidatos ao Enem e donos de escolas viveram os últimos meses angustiados, sem saber o que será de seu futuro.

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E assim seguem, inseridos em um dilema que afeta a todos: de um lado, o prolongamento do ensino remoto, muitas vezes improvisado, e o horizonte de perdas (intelectuais, afetivas e financeiras) geram pressão pela reabertura das escolas; de outro, uma parcela de pais de alunos e professores rejeitam o retorno às salas de aula por temer a contaminação.

A rigor, de acordo com um protocolo elaborado pela Fiocruz, o país ainda não oferece condições seguras para realizar a volta às aulas. A pneumologista Patrícia Canto, uma das autoras do estudo, compara:

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— Se o Brasil tivesse tomado medidas mais eficientes no início da pandemia, as aulas já teriam sido retomadas. Foi o que aconteceu em outros países.

Sem ter feito a lição de casa, o Brasil tenta passar de ano — um ano que, para muitos, já foi perdido.

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