Esta semana marca a volta às aulas em escolas públicas e privadas em boa parte do Brasil. Estudantes passam a frequentá-las, alternando aulas presenciais e remotas.
Houve prejuízo aos estudantes com o fechamento das escolas em 2020. Sofreram, especialmente, os mais vulneráveis. Ainda assim, há muitas dúvidas sobre o retorno, em um cenário em que a pandemia de Covid-19 não está controlada. Como saber se não estamos numa disputa entre os direitos à educação e à vida?
O primeiro passo é simples e envolve cuidados pessoais e na família: lavar as mãos regularmente, usar máscara, evitar aglomerações e encontros com pessoas além do núcleo familiar que mora na mesma casa. No caso daqueles que não podem ficar em casa por motivos profissionais, é fundamental procurar locais bem ventilados, com espaçamento adequado entre pessoas e, se possível, evitar o horário do rush em casos de uso do transporte coletivo.
As escolas precisam se preparar para uma longa convivência com o vírus. Nossos índices de vacinação são baixíssimos, e as vacinas protegem contra doença, não contra infecção: o vírus segue circulando, sujeito a mutações.
Lidar com esses fatos requer mais do que álcool em gel, água e sabão. É preciso que estudantes e professores utilizem máscara em todos os ambientes, trocando-as periodicamente, manter o distanciamento de 1,5 m entre todos, evitar atividades que possam promover contato físico e o compartilhamento de materiais, e ter espaços adequados para que as refeições sejam feitas respeitando o distanciamento.
Hoje sabemos que o vírus se espalha predominantemente pelo ar, o que exige atenção à ventilação das salas de aula. A transmissão por superfície também deve ser considerada, mas não é o principal foco. A comunidade escolar deve adotar mais atividades ao ar livre e a troca regular de filtros de ar em escolas nas quais esse equipamento é utilizado. Com melhor planejamento, escolas com salas mal ventiladas poderiam ter buscado acordos com espaços públicos ao ar livre que pudessem ser aproveitados para atividades pedagógicas.
Onde a totalidade dos alunos foi capaz de acompanhar as atividades remotas, o ideal é que, após as medidas de acolhimento e sociabilização, haja uma revisão do ano anterior. Nos casos em que os estudantes não tiveram a mesma oportunidade, é necessário que os professores estejam - coletivamente - preparados para mapear a real situação de cada estudante.
Os pais, professores e funcionários têm o direito de saber como a escola estará organizada. Quais as estratégias para os momentos presenciais? O que será realizado a distância? O que será proposto para quem não puder frequentar a escola? No caso das redes públicas, como se garantirá o acesso dos estudantes que não têm computadores e internet? A escola têm algum plano para o caso de novo fechamento?
Para evitar a contaminação a caminho da escola, seria interessante que o poder público adotasse horários alternativos, fora dos picos de demanda do transporte coletivo e, em escolas maiores, alternar horários para evitar aglomeração de responsáveis, profissionais e estudantes.
Estudos realizados em 2020 demonstram que a transmissão entre alunos e de alunos para professores no ambiente escolar é mais baixa do que em outros locais de trabalho. Mas a escola não é uma ilha, isolada da cidade, e mesmo os melhores protocolos não serão suficientes se a mobilidade geral urbana aumentar irresponsavelmente. A solução para isso é óbvia: outros setores devem diminuir suas atividades. Se seguirmos priorizando shopping em vez de escolas, de nada serve debater medidas preventivas.
É fundamental que as aulas voltem e que não precisemos escolher entre saúde e ensino. Para isso cabe a todos exigir das autoridades e gestores que esse retorno seja marcado por transparência, proteção e investimento na formação dos profissionais da educação. Todos somos responsáveis pela segurança e pela educação de nossas crianças e adolescentes, e juntos podemos pensar em soluções viáveis para cada realidade.
Nossa, gente, isso aqui é brasil, sabe!!!! Um avião teve que dar meia volta por conta de um as.no adulto a bordo que não vestia máscara. Em tempos normais algum destes pob.res coit.ados articulistas fszem a mínima ideia do que é uma escola de periferia? E o caooos! E agora voces acham que será um modelo nordico ou germânico? Estao vivendo em um homeoffice em Nárnia? Será um desa.stre!!!!!!!