Por Mazinho Rogério, G1 AC — Rio Branco


Após queixas, Educação decide manter alunos do ensino médio em escola que vai virar Colégio Militar no AC — Foto: Mazinho Rogério/G1

Depois de protestos dos pais dos alunos da Escola Anselmo Maia, que será desativada para a instalação do Colégio Militar em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) decidiu manter os estudantes do ensino médio por mais um ano na mesma unidade de ensino. As famílias não aceitaram a mudança dos alunos para outras escolas devido à distância.

Desde que foi anunciado pelo governo em janeiro deste ano que a Escola Anselmo Maia seria desativada para que o Colégio Militar fosse instalado, os pais dos alunos decidiram se mobilizar contra a saído dos filhos. O Colégio Militar vai funcionar apenas com turmas do 6º ao 9º anos do ensino fundamental e os estudantes de ensino médio que já estavam matriculados na Anselmo Maia deveriam procurar outras unidades de ensino.

Os pais alegavam que foram surpreendidos com a mudança e os filhos, que são das comunidades do entorno da escola, não queriam sair de uma perto de casa para estudar em unidades distantes.

Nesta quarta-feira (20), os pais dos alunos se reuniram mais uma vez com a coordenação da SEE, na Câmara Municipal, para chegar a um acordo e foi decido que os estudantes do ensino médio vão permanecer apenas durante este ano estudando na mesma unidade de ensino.

“Tomamos a decisão de que, os alunos irão permanecer lá apenas durante o ano de 2019, que era uma reivindicação dos pais. Então, a gente está atendendo, mas com um trabalho de conscientização de que no final do ano todos os alunos de 2º e 3º anos terão que procurar outras escolas para se matricular”, informou a coordenadora da SEE, Rute Bernardino.

Com a decisão em manter os alunos na escola, o Colégio Militar vai reduzir o número de vagas que tinha anunciado para o ensino fundamental. De acordo com a coordenadora da SEE, o objetivo era inaugurar a nova modalidade de ensino com 560 alunos do 6º ao 9º anos, mas agora serão somente 300 vagas para essas turmas.

“Dessas vagas, já temos os alunos do 6º ao 9º anos que já estavam matriculados e vão permanecer, pelo menos 180 alunos, algumas vagas serão destinadas para filhos de militares, que é o que reza o regimento dos colégios militares de todo o Brasil, e o restante das vagas serão sorteadas para a comunidade em geral”, informou Rute.

O colégio Militar de Cruzeiro do Sul deveria começar a funcionar a partir da próxima semana, mas o quadro de servidores ainda não está totalmente fechado e a previsão é que entre em atividade na mesma data que começar o ano letivo das outras unidades de ensino da rede pública do estado, que ainda não foi definida pela SEE.

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