Por Aline Nascimento, g1 AC — Rio Branco


Servidores de Rio Branco se reuniram em frente à prefeitura para uma nova assembleia — Foto: Claudemir Lima/Arquivo pessoal

Após uma nova assembleia, nesta segunda-feira (11), os servidores da Educação municipal decidiram continuar em greve em Rio Branco. Eles se reuniram em frente à prefeitura para tentar um acordo com a gestão.

LEIA TAMBÉM:

No encontro, os manifestantes e representantes da prefeitura debateram um projeto de lei para ser enviado à Câmara de Vereadores com as duas parcelas do piso dos professores do ano de 2022, dos meses de maio e setembro, dos funcionários de escolas com o acréscimo de R$ 200 na PEC.

Esse é o pedido da categoria, mas a prefeitura não cedeu às exigências.

"Mas, o prefeito está enrolando porque quer responsabilizar a categoria por não iniciar o ano letivo [em todas as escolas] porque os colégios não estão em condições de iniciar o ano letivo. Está enrolando para dizer à população que o ano letivo não começou porque estamos em greve. Estamos de greve porque ainda não recebemos a proposta", afirmou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento.

A categoria pede:

  • Reformulação de Plano de Cargo Carreira e Remuneração (PCCR);
  • Piso nas carreiras aos professores, com 50% de diferença do nível médio para superior;
  • Piso de uma única parcela aos professores;
  • Piso dos funcionários de escolas que é de R$ 1,4 mil, a proposta do Sinteac é de R$ 1.956;
  • E se coloca contra a proposta da prefeitura de aumentar tempo de serviço para progressão salarial;

Os servidores municipais de Educação estão em greve desde o dia 24 de fevereiro. Desde então, a categoria tem feito vários protestos pela cidade.

A assessoria de comunicação da prefeitura informou que a gestão segue com a proposta de reajuste de até 40% para os servidores da Educação. Essa proposta foi feita no final do mês de março.

Caso seja aprovada, o salário dos servidores da Educação passa de R$ 2.154,64 para pouco mais de R$ 3 mil. Já dos professores do magistério sobe de R$ 1.436,75 para R$ 2.403,52.

Para os funcionários de apoio da pasta o aumento será de 20%. Já os de nível fundamental passam a ganhar R$ 1,4 mil mais R$ 50 do Prêmio pela Elevação da Qualidade da Aprendizagem (PEQ). Os de nível médio, que recebem R$ 1.032, vão ganhar R$ 1,5 mil por 30 horas semanais.

Início do ano letivo

Como tinha garantido, a Secretaria Municipal de Educação deu início ao ano letivo 2022 no dia 21 de março na rede pública, mesmo com grande parte dos trabalhadores ainda em greve.

A presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, confirmou que cerca de 70% das escolas não iniciaram as aulas. Segundo ela, do total de 96 unidades de ensino, 67 continuam com as atividades paralisadas.

Aulas iniciaram em formato híbrido na capital — Foto: Andryo Amara/Rede Amazônica

Ponto de servidores cortado

Com o impasse entre a prefeitura e os trabalhadores da Educação, que seguem sem uma negociação que coloque fim à greve, a prefeitura prometeu cortar o salário do servidor que não aparecer para trabalhar na segunda.

Por conta da greve, o início das aulas da rede pública de Rio Branco, que abrange creches, pré-escolas, e o ensino do 1º ao 5º, chegou a ser adiado do dia 14 de março 21 do mesmo mês. Essa foi a segunda vez que a Educação da capital mudou a data para início do ano letivo. As matrículas da rede foram feitas entre os dias 14 e 31 de janeiro.

Inicialmente, a previsão era de iniciar as aulas no dia 7 de março, mas, por conta do avanço dos casos de Covid-19 no estado na terceira onda da doença, a data foi adiada para o dia 14 de março.

Reveja todos os telejornais do Acre

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!