Por G1 Rio


Quase 12 mil estudantes ficaram sem aulas em diversas regiões da Zona Norte do Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (31) por causa da violência, informou a Secretaria Municipal de Educação. Até as 11h20, 25 unidades estavam fechadas. Na tarde de quinta-feira (30), uma adolescente de 13 anos morreu após ser baleada dentro da Escola Municipal Jornalista Daniel Piza, em Fazenda Botafogo, Zona Norte do Rio.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 13 escolas (incluindo a Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza), 5 creches e 7 Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) estão sem funcionamento nesta sexta nas regiões Costa Barros, Fazenda Botafogo, Acari, Pavuna, e Coelho Neto. As unidades atendem 9.583 alunos.

Outras regiões da Zona Norte do Rio também estão sem aulas. Em Manguinhos, de acordo com a 4ª Coordenadoria Regional de Educação, duas escolas, uma creches, e Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) estão sem atendimento nesta sexta. As unidades atendem 1.405 alunos.

Na região do Jacarezinho, de acordo com a 3ª Coordenadoria Regional de Educação, dois Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) e três creches também está sem atendimento. As unidades atendem 753 alunos.

Imagens exclusivas mostram adolescente atingida por bala perdida no Rio

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Família diz que menina foi morta com três tiros

Imagens exibidas pela Globo News mostram o momento depois da menina ter sido baleada. No vídeo, é possível ver o corpo coberto no chão da escola. A família de Maria Eduarda, de 13 anos, diz que a morte de jovem pode ter sido uma execução pois, segundo o irmão que fez o reconhecimento do corpo, havia quatro marcas de perfurações. De acordo com o Corpo de Bombeiros, quando a ambulância chegou ao local, a menina já estava morta. Maria Eduarda fazia aula de educação física quando foi baleada.

“Como que é uma bala perdida, com quatro perfurações no corpo da minha irmã? Bala perdida é se fosse um tiro. Foi uma execução. Eles executaram dois meliantes e ainda executaram a minha irmã”, disse o irmão Uidison Alves.

Uidison disse que ajudou a socorrer a irmã e viu que a adolescente tinha sido atingida por três tiros, mas que foram feitos quatro disparos. Segundo o irmão, Maria Eduarda tinha duas marcas tiros na cabeça, sendo que só um a perfurou, e uma marca tiro na nádega. “Isso não é bala perdida”, indagou Uidison.

Rosilene, mãe de Maria Eduarda, também esteve no IML e disse que a menina não morreu por uma bala perdida. “Não foi bala perdida. Os PMs estavam douto lado do rio Acari atirando para a direção dos prédios”, afirmou Rosilene.

O porta-voz da PM, major Ivan Blaz, disse que a corporação não vai se pronunciar sobre as acusações da família da adolescente Maria Eduarda, neste momento de sofrimento, de que a adolescente foi executada com quatro tiros. O major ainda disse, que compreende a dor dos familiares e que toda a documentação relacionada à operação foi entregue à Delegacia de Homicídios.

Adolescente Maria Eduarda Alves morreu em confronto — Foto: Reprodução/Facebook

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