Por Anthonielli Nardes, TV Centro América


Aulas serão retomadas em Tangará da Serra (MT) após nove dias de greve — Foto: Assessoria

Após nove dias de greve, os professores da rede municipal de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, decidiram retomar às atividades, nesta sexta-feira (10). A categoria firmou um acordo com a prefeitura do município, o que colocou fim à paralisação.

A categoria realizou uma reunião na quinta-feira (9), com o Prefeito do município, Vander Masson, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e o Secretário de Educação, Vagner Constantino, e decidiram pela volta às aulas.

O prefeito assinou uma novo acordo onde confirma o pagamento retroativo do piso salarial aos profissionais da educação referentes aos meses de janeiro a abril.

De acordo com o secretário Municipal de Educação, Vagner Constantino, o calendário escolar vai sofrer alterações.

"Já temos uma ideia de que não queremos as reposições aos sábados para não prejudicar as famílias e também a qualidade da educação, mas precisamos agendar de uma forma que não prejudique o nosso programa", disse.

A paralisação

Professores pedem o pagamento do piso salarial nacional

Professores pedem o pagamento do piso salarial nacional

Os trabalhadores da educação reclamam que a prefeitura não estava pagando o piso nacional determinado por lei. Atualmente, os professores recebem R$ 3.392 e o valor do piso é de R$ 3.845.

Além do reajuste no salário, os professores pediram uma melhor infraestrutura nas escolas do município e qualidade na alimentação escolar.

De acordo com o Sintep, pelo menos 18 escolas e creches aderiram à paralisação.

A presidente do Sintep, Francisca Alda de Lima, disse que os profissionais estavam esperando pelo reajuste desde o início do ano, mas seguem sem resposta.

“Entramos em greve devido à reposição salarial dos profissionais da educação que deveria ter ocorrido em janeiro. Estamos há cinco meses aguardando que a secretaria faça a correção salarial, mas isso não tem acontecido”, pontuou.

Após sete dias de paralisação, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou que os professores retornassem às atividades, mas em uma assembleia realizada no mesmo dia, a categoria decidiu continuar com a paralisação.

O TJMT deferiu uma liminar em favor da prefeitura do município determinando o retorno dos profissionais da educação.

No entanto, se a ordem não fosse cumprida, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) receberia uma multa no valor de R$ 100 mil.

Além disso, o prefeito também anunciou o cancelamento do ponto eletrônico dos grevistas a partir da data em que eles iniciaram a paralisação.

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