Por Diário TV


Professores da rede estadual seguem em paralisação no Alto Tietê

Professores da rede estadual seguem em paralisação no Alto Tietê

As escolas estaduais do Alto Tietê paralisaram as atividades nesta terça-feira (28). Em Mogi das Cruzes, porém, pelo menos duas escolas tiveram aula normalmente. A paralisação foi organizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e outras centrais sindicais. Entre os motivos, estão as reformas trabalhistas e previdenciária do Governo Federal e também o valor do salário dos funcionários.

Na Escola Estadual Francisco Ferreira Lopes, em Mogi das Cruzes, muitos alunos chegaram normalmente para as aulas. Eles sabiam da greve, mas disseram que os professores deixaram todos livres para escolher. “Os professores falaram que a grande maioria ia entrar em greve e que a gente podia continuar vindo porque ia ter aula com os professores que iam ficar”, conta o aluno Liélcio do Nascimento.

Segundo a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, na região do Alto Tietê são mais de 153 mil estudantes na rede. Os professores que aderiram à greve e representantes do sindicato foram até as escolas para conversar com aqueles que optaram por não parar. “A gente veio chamar para participar dos comandos, fazer atividades com a comunidade e fazer várias atividades para esclarecer por que estamos em greve. Nós estamos em greve para defender esse desmonte da previdência, porque, do jeito que está, nós nunca vamos aposentar”, explica a conselheira estadual da Apeoesp, Inês Paz.

Às 7h, os portões das escolas foram fechados e as aulas seguiram normalmente. A coordenadora da Apeoesp, Vânia Pereira da Silva, foi até a Escola Estadual Leonor de Oliveira Melo. Ela disse que são várias reivindicações, entre elas melhoria no salário. “Até hoje, além de não termos o nosso reajuste, não repassou a inflação. Nós temos uma pauta emergencial, que atinge todos os trabalhadores, não só a educação. Nós estamos trabalhando em conjunto com outras centrais sindicais de outras categorias porque todos os trabalhadores serão atingidos pelas reformas e nós não abandonados a nossa pauta de reivindicação.”

Ela reconhece que hoje, no primeiro dia de greve, a adesão ainda é pequena, mas eles estão se preparando para uma paralisação geral ainda este mês. “Dia 31 é uma greve geral de todas as categorias e estamos chamando todos os professores para aderir à greve e nesse dia vamos fazer uma assembleia para avaliar o andamento e decidir se vamos dar continuidade ou não”, finaliza Vânia.

A Secretaria Estadual de Educação disse que ainda não tem um balanço da paralisação e informou ainda que mantém negociação aberta com os sindicatos da categoria. Segundo a pasta, se houver conteúdo perdido por alunos por causa da ausência de docentes, ele vai ser reposto e faltas não justificadas pelos profissionais, vão ser descontadas.

A secretaria informou também que vai pagar aos professores e servidores o bônus por mérito no valor de R$ 290 milhões e que, no último dia 7, já foi pago o salário com acréscimo de 10% a mais de 18 mil professores de educação básica.

A secretaria disse que nenhum professor do Estado de São Paulo recebe menos que o piso nacional.

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