Os servidores municipais da educação de São José, na Grande Florianópolis, estão em greve por tempo indeterminado desde segunda-feira (27). Algumas escolas visitadas pela RBS TV tiveram atendimento parcial de alunos, como mostrou o Jornal do Almoço.
Os professores protestam contra a revogação de dois projetos de lei que tratam do plano de carreira dos professores e da regência de classe.
Atendimento parcial
Segundo a prefeitura, das 36 creches, cinco estão sem atendimento e 21 atendem parcialmente. Das 25 escolas municipais, cinco pararam totalmente.
A orientação da prefeitura é que os pais procurem os diretores das escolas e creches para saber se haverá aula.
O sindicato indica à população que ligue para as escolasantes de sair de casa. O atendimento na saúde não foi comprometido, segundo a prefeitura.
No colégio Maria Luíza de Melo, o Melão, o maior da rede municipal de São José, algumas turmas pararam. Os funcionários, no entanto, afirmam que a maioria dos alunos teve aula na manhã desta terça-feira (28). Nas creches Ana Sperandio Battisti e Araci Olívia da Silva, a adesão à greve também é parcial e muitos alunos tiveram aulas nesta manhã.
Greve aprovada em assembleia
No Centro Educacional Interativo, no bairro Floresta, a adesão à greve é de 100% dos professores e por isso as aulas estão suspensas por tempo indeterminado.
"Mais de 800 servidores que compareceram à assembleia decidiram pela continuidade da greve", disse o presidente do sindicato da categoria, Marcos Aurélio dos Santos.
Santos enfatizou que as duas leis revogadas dão benefício principalmente aos servidores da educação.
"O projeto 5.553 estava voltado para a incorporação da gratificação da especialização que vai dar um plano de cargos e salários para todos os servidores do magistério de São José. O outro projeto trata da regência de classe dos professores que todos os que estiverem em sala de aula ganham 10% e esse projeto passaria para 20%", explicou Marcos Aurélio.
Recomendação do MP
A prefeitura afirma que a revogação dos projetos foi uma recomendação do Ministério Público do Estado.
"Para que tivéssemos toda preocupação com o limite prudencial. A preocupação da prefeitura é garantir o direito do servidor desde que consiga pagar. Então, a proposta do executivo é encaminhar o projeto de lei para a Câmara de Vereadores com a cláusula de barreira e o sindicato pode ficar acompanhando a cada quadrimestre", disse a secretária de educação de São José Meri Hang.
A secretária afirmou que existe um plano de cargos e salários para os professores do município. "Ainda neste mês encaminhei para a Secretaria de Administração mais de 100 pessoas que já têm pós-graduação e que já estão tendo carreira no município de São José", afirmou Meri Hang.