Rio

Apenas 5,9% dos alunos da rede estadual voltaram às aulas na primeira semana de liberação

Dos 59 mil matriculados, apenas 3.200 compareceram às escolas, segundo a Secretaria estadual de Educação
Colégio Estadual José Leite Lopes, no Andaraí Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo
Colégio Estadual José Leite Lopes, no Andaraí Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo

RIO - A adesão às aulas presenciais, retomadas no último dia 19, ainda é pequena nas escolas da rede estadual do Rio. Na primeira semana, Do e 250 professores, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Educação. O número corresponde a 5,4% dos estudantes autorizados a voltar para a sala de aula. A frequência é maior nas unidades da capital e da Região Metropolitana. Estão aptos a retornar 59 mil alunos de 408 escolas estaduais de nove municípios fluminenses. Sumidouro, na Região Serrana, entrou na lista.

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A retomada está autorizada apenas para as turmas da 3ª série do ensino médio. Os demais anos voltarão às atividades presenciais só no ano que vem, segundo a Secretaria de Educação. Mesmo os alunos do “terceirão” não são obrigados a voltar para as salas de aula neste momento. É possível optar por seguir os estudos remotamente. E colégios localizados em municípios que não flexibilizaram o isolamento social ou apresentaram ainda o nível laranja de contágio continuam com atividades exclusivamente remotas.

Na manhã de terça, a reportagem esteve em três escolas da rede estadual que deveriam estar funcionando e observou movimentação muito pequena de alunos. O Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, no Catete, estava fechado. Um funcionário confirmou que as atividades voltaram, mas ontem não teve aulas. Ele não informou o motivo. No Colégio Estadual José Leite Lopes, no Andaraí, outro servidor disse que teve aula, mas só foram dois alunos no turno da manhã. O movimento de estudantes também foi pequeno no Colégio Estadual Visconde de Cairu, no Méier, que estava funcionando.

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A estudante Natália do Nascimento Silva de Abreu, de 18 anos, moradora de Paciência e matriculada no 3º ano do ensino médio no Colégio Estadual Sarah Kubitscheck, em Campo Grande, ainda não se sente à vontade para voltar aos bancos escolares, apesar dos cuidados adotados pela unidade. Ela contou que, dos 12 colegas de turma que foram à escola na semana passada, só cinco continuam frequentando as aulas.

— Está tendo distanciamento (entre os alunos na sala) e as medidas estão sendo extremamente rigorosas. O chão da escola está todo sinalizado, mas não tem como se sentir segura. Não estão podendo ligar o ar-condicionado, e o calor torna tudo mais exaustivo — explicou.