Volta às aulas

Por Elida Oliveira, G1


Aos menos 3 estados anunciam previsão de vacinar professores e profissionais da educação até maio. — Foto: Giuliano GomesPR Press

Ao menos três estados – São Paulo, Espírito Santo e Paraná – anunciaram a previsão de vacinar professores e profissionais da educação entre abril e maio, de acordo com um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) a pedido do G1.

Em São Paulo, a imunização dos professores deve ocorrer a partir de 12 de abril. A expectativa é vacinar 350 mil profissionais da educação. A prioridade serão profissionais da educação básica (desde a creche até o ensino médio). No Espírito Santo, a vacinação deve ocorrer a partir de 15 de abril.

No Paraná, a previsão é imunizar os docentes até o fim de maio. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, "a programação é vacinar 4 milhões de pessoas dos grupos prioritários até o dia 31 de maio, no qual estão os professores e todos os trabalhadores da Educação".

Funcionária limpa mesas para demonstrar medidas de limpeza para a volta às aulas na rede municipal de ensino de São Paulo, em evento da prefeitura na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) São Paulo, na Vila Clementino, em foto do dia 14 de janeiro. — Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO

No início de março, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou que havia pedido a inclusão dos profissionais de educação no Plano Nacional de Imunização. O Ministério da Saúde afirmou ao G1, na época, que os professores já estavam entre os prioritários e que, naquele momento, não havia "ampla disponibilidade da vacina no mercado mundial". Na lista de prioridades, os profissionais da educação estão em 15º lugar.

De acordo com o Censo Escolar 2020, há 2,2 milhões de professores da educação básica e 161.183 diretores atuando nas 179,5 mil escolas no Brasil. No ensino superior, havia 339,9 mil docentes em exercício em 2019, dado mais recente disponível.

A imunização ampla dos professores e profissionais da educação poderá garantir um retorno mais seguro às salas de aulas, fechadas em março do ano passado para conter a pandemia do coronavírus.

Em dezembro, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) pediu prioridade dos professores no acesso às vacinas contra a Covid-19, ao considerar que estes profissionais devem ser tratados como trabalhadores da "linha de frente".

"Ao ver os avanços positivos em relação à vacinação, acreditamos que os docentes e o pessoal de apoio à educação devem ser considerados grupo prioritário", disse a chefe da Unesco, Audrey Azoulay, em mensagem conjunta em vídeo com o diretor da organização de docentes da Internacional da Educação (IE), David Edwards.

VÍDEOS: Saiba mais sobre Educação

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