Ao falar sobre ação contra tratamento precoce, Bolsonaro reclama de politização
São Paulo - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (14) ter recebido informações, as quais tenta confirmar, de que o PSOL teria entrado com uma ação para impedir o tratamento precoce contra a covid-19. Ao longo da pandemia do novo coronavírus, o presidente reiteradamente defendeu o uso ao início dos primeiros sintomas de medicamentos sem comprovação científica, como, por exemplo, a cloroquina.
"Agora tivemos a informação - vou confirmar se é verdadeira ainda - que o PSOL teria entrado com uma ação na Justiça para que os prefeitos não deem o tratamento precoce ao pessoal que procurar. Se for verdade, pelo amor de Deus, acho que está na hora de parar de politizar esse negócio aí" afirmou Bolsonaro nesta quinta a apoiadores.
Segundo nota do partido no último dia 12, o PSOL, por meio do deputado Marcelo Freixo (RJ), planeja acionar o Ministério Público contra o ministro da Saúde Eduardo Pazuello, após o chefe da pasta pressionar a Prefeitura de Manaus para que receite os medicamentos sem comprovação para o combate à doença.
Neste mês, o Amazonas registrou novos recordes de internações pela covid-19, com aumento expressivo do número de casos e óbitos. Esta semana a Justiça Federal suspendeu a aplicação da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Estado e o Pará fechou as divisas com o Estado vizinho a fim de conter a proliferação de casos. Segundo dados da Fundação Vigilância em Saúde (FVS), o Estado tem 91,4% dos leitos de UTI e 93,5% dos leitos de enfermaria ocupados.
"Em vez de providenciar agulha, seringa e calendário de vacinação, Pazuello está pressionando a Prefeitura de Manaus a distribuir cloroquina e ivermectina na rede pública. Até ronda nos postos de saúde o ministro quer fazer. Vamos acionar o Ministério Público Federal", escreveu Freixo no Twitter.
Segundo avaliação de Bolsonaro nesta manhã, a capital amazonense apresenta "um problema sério" no controle da pandemia.
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