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Ameaças de ataques em escolas começam a ser removidas no Twitter e TikTok

Remoção de conteúdo com apologia a massacres em escolas ocorre após Flávio Dino considerar suspender plataformas que não cumprissem pedido - Felipe Perreira/UOL
Remoção de conteúdo com apologia a massacres em escolas ocorre após Flávio Dino considerar suspender plataformas que não cumprissem pedido Imagem: Felipe Perreira/UOL

Do UOL, em São Paulo

13/04/2023 12h50

As redes sociais informaram ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que tiraram do ar perfis e publicações com conteúdos envolvendo ameaças, segundo a futura secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça, Estela Aranha, em entrevista ao jornal O Globo.

O que aconteceu?

O Twitter começou a fazer remoção de postagens e de contas que propagavam ameaças e estímulos à violência nas escolas. Até a última terça-feira (11), a Operação Escola Segura realizou 546 pedidos à plataforma e cerca de 100 já foram atendidos;

No TikTok, três contas foram suspensas. Segundo nota divulgada pelo Ministério da Justiça, os perfis foram removidos por viralizarem "conteúdo que provocava sensação de medo na população";

Ação ocorre após desentendimento entre Flávio Dino e representante do Twitter. Em reunião na segunda-feira, 10, a rede afirmou que publicações com apologia a massacres em escolas não violavam seus termos de uso. Na quarta-feira, o ministro da Justiça chegou a considerar a suspensão do Twitter no país.

O UOL entrou em contato com o Ministério da Justiça e com as plataformas para obter detalhamento das contas removidas e se já há atualização no total de exclusões. Este espaço será atualizado assim que houver manifestação.

O que é a Operação Escola Segura?

Operação realiza ações combativas contra ataques em escolas. A medida foi anunciada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, no dia 5 de abril, após o caso de um ataque em uma creche em Blumenau (SC) que causou quatro mortes;

A iniciativa conta com uma plataforma para denúncias anônimas. Ela funciona como um canal exclusivo para envio de informações sobre ameaças e ataques contra escolas;

A força-tarefa conta com 51 chefes de delegacias de investigação e 89 chefes de agências de inteligência de Segurança Pública. Não há previsão para o seu término.