Por g1 AM


Enem dentro das unidades prisionais é porta de entrada para o ingresso dessa população no ensino superior. — Foto: Agepen/Divulgação

O Amazonas têm 793 detentos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o número é 76% maior que em 2021, quando o estado teve 451 presos inscritos no exame.

A aplicação das provas do Enem para pessoas privadas de liberdade está prevista para ocorrer nos dias 10 e 11 de janeiro de 2023. Além de ter o objetivo de avaliar o desempenho dos reeducandos que já concluíram o Ensino Médio, o Enem dentro das unidades prisionais é porta de entrada para o ingresso dessa população no ensino superior.

"Nosso objetivo é preparar e incentivar os reeducandos, para que saiam do sistema prisional com especialização e qualificação profissional por meio do ensino superior, preparados para o mercado de trabalho. A Seap tem se empenhado a cada dia para que os internos retornem para o convívio da família, com uma vida transformada", pontuou o coronel Paulo Cesar, titular da Seap.

Para o chefe da Escola de Administração Penitenciária (Esap), Tales Renan, o exame proporciona a reintegração do detento à sociedade por meio da educação.

“A Esap acredita que a educação é a base de todo o processo reintegrador. Por isso, é com grande orgulho que atingimos uma marca histórica, que vem coroar um ano de boas práticas restauradoras. Dessa maneira, através do Enem, conseguiremos conceder aos reeducandos a oportunidade de ingresso num ensino superior de qualidade, garantindo que o processo ressocializador seja universal e eficaz”, destacou.

Enquanto o dia da prova não chega, os detentos focam na preparação. Para eles, o exame é a porta de entrada para novas oportunidades no mercado de trabalho.

"O Enem é uma grande oportunidade, para nós que estamos aqui dentro do sistema, de termos a chance de nos profissionalizar através do ensino superior. Quando sairmos daqui teremos condições de conseguir emprego e, com a qualificação, atuar como profissionais", disse um interno.

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