Sala de aula em escola municipal em Macapá — Foto: PMM/Divulgação
Um novo índice, criado pelo Insper e divulgado nesta segunda-feira (14), mostra que o avanço na qualidade da educação básica pode trazer impactos positivos a curto prazo, como redução de homicídios entre jovens, aumento da empregabilidade e crescimento no número de matrículas nas universidades.
LEIA TAMBÉM:
- 'SERIA MELHOR NÃO PAGAR?' Alunos em dia com Fies se revoltam por ficarem de fora de desconto oferecido pelo governo
- RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS DO FIES: entenda as regras
- PRETA, POBRE E DE ESCOLA PÚBLICA: jovem grava reação ao descobrir que passou em medicina
O chamado "Ideb -Enem" (sigla que junta o "Índice de Desenvolvimento da Educação Básica" ao "Exame Nacional do Ensino Médio") leva em conta, por município, dois aspectos:
- porcentagem de alunos que estavam matriculados na escola aos 6/7 anos de idade e que, cerca de dez anos depois, terminaram o ensino médio e prestaram o Enem (aos 17/18 anos);
- notas que o grupo tirou no Enem em cada uma das provas (ciências da natureza, ciências humanas, matemática, linguagens e redação).
Os pesquisadores Luciano Salomão (FEARP-USP) e Naercio Menezes Filho (Cátedra Ruth Cardoso/ Insper e FEA-USP) examinaram como os números registrados de 2009 a 2014, nas variáveis listadas, influenciaram nos índices de violência, de ingresso no ensino superior e de empregabilidade desses mesmos jovens nos anos seguintes (de 2014 a 2019).
Eles concluíram que o aumento de 1 ponto no novo indicador já representou:
- diminuição de 25% nos homicídios;
- aumento de 15% nas matrículas em instituições de ensino superior
- e elevação de 200% na geração de empregos.
As melhoras mais substanciais no Ideb-Enem foram registradas em cidades do Rio de Janeiro e do Ceará, segundo o estudo.
Vídeos
aos 17/18 anos de idade 10 anos depois e