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Por Jornal Nacional


Alunos enfrentam dificuldades de aprendizagem na retomada das aulas presenciais

Alunos enfrentam dificuldades de aprendizagem na retomada das aulas presenciais

A retomada das aulas presenciais permitiu a milhões de crianças que já estudavam ir para a escola pela primeira vez na vida.

Bem na época em que Leo ia começar o ensino infantil, as escolas fecharam por causa da pandemia. O jeito foi ficar em casa, aprendendo com os pais.

“A gente não tem aquela preparação toda que um professor tem para ensinar uma criança, a gente ensina do nosso jeito”, diz Camila Lopes, mãe do Leo.

Hoje, aos 5 anos, o menino está tendo o primeiro contato com uma escola de verdade. A timidez, com as letras e com os amigos, está sendo superada com a ajuda de um projeto. Os professores avaliam as tarefas e dão mais atenção para as crianças com dificuldades maiores.

“Ela se envolve com os outros colegas, com as turmas, e cada um traz um repertório, um conhecimento e compartilha”, afirma a diretora de escola Valéria Baccon.

“Nós identificamos recorrências em fragilidades dessas crianças no pré. Elas terão novas oportunidades de aprender questões que são necessárias. Cada criança aprende de um jeito, com suas singularidades”, afirma Maria Sílvia Bacila, secretária de Educação de Curitiba.

Por causa da pandemia, Manuella, de 5 anos, também entrou para a escola mais tarde e agora começou a ser alfabetizada para valer.

“Os coleguinhas já escreviam o próprio nome, já identificavam o nome nas próprias coisas, e ela tinha um pouco de dificuldade”, conta Stefany Koglin, mãe da Manuella.

A pedagoga Valéria Brasil afirma que o ambiente escolar, com aulas presenciais, faz toda a diferença na aprendizagem e na socialização das crianças.

“Existem conhecimentos que só são trabalhados nas escolas. A escola se torna um universo diverso e um universo plural para que as crianças possam experimentar conhecimentos e experiências que possam promover o seu desenvolvimento infantil”, destaca.

A volta às aulas presenciais também revelou que muitos alunos têm problemas com a chamada coordenação motora fina – a habilidade de usar os músculos dos dedos, pulsos e mãos, e isso tem se manifestado numa atividade essencial para os estudantes: os dedos se atrapalham e não conseguem segurar o lápis de forma correta.

“A consequência de não pegar direito no lápis é a dificuldade na hora da escrita e do desenho”, explica a professora Luciana Kozak Nogueira.

A mão experiente ensina, corrige, aponta o caminho certo e, de letra em letra, eles vão recuperando o tempo perdido. Manuella já escreve o próprio nome.

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