Por RBS TV


Falta de professores afeta escolas da rede estadual no Norte do RS

Falta de professores afeta escolas da rede estadual no Norte do RS

A falta de professores têm causado problemas para alunos e diretores de escolas da região de Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul. Estudantes de mais de 30 cidades estão sem docentes de várias disciplinas. A situação se agravou com a aposentadoria ou com os pedidos de licença e aposentadoria.

Desde que começaram as aulas, o diretor da Escola Protásio Alves, em Passo Fundo, tem se desdobrado para cobrir a falta de professores. No local estudam mais de 1,1 mil alunos. São 34 turmas sem professores das disciplinas de inglês, história e português.

"Nós vamos fazendo conforme dá, por exemplo, a gente tenta dar aula, suprir esses espaço faltante do professor, encaminha alguns trabalhos porque a gente fica preocupado com o aluno, com o rendimento do aluno", afirma o vice-diretor da escola Laércio Fernandes dos Santos.

O período da aula de inglês, por exemplo, foi transformado em uma atividade diferente pela orientadora educacional para que os alunos não fiquem ociosos. "Hoje teria a aula de língua inglesa, só que a professora está de laudo", conta a orientadora educacional Vivivane Bertoldi, dizendo que foi feito o trabalho de escolha de representante de turma.

Esse problema tem atingido outras 32 cidades que são atendidas pela Coordenadoria Regional de Educação. Faltam 79 professores. "Nós tínhamos a previsão de quantas pessoas estariam se aposentando, e bem como a equidade entre as diferentes áreas. Todas as áreas teriam o mesmo número de períodos. E isso revelou que em história, geografia e ciências, teríamos carência de recursos humanos", afirma o coordenador do 7º Conselho Regional de Educação, Santos Olavo Misturini, dizendo que foi aberto um edital com 1,8 mil inscritos que aguardam a liberação de contratos para atender a deficiência.

Do quadro de 3 mil professores que dão aulas nessas cidades, havia a previsão de 300 se aposentando em 2017. O número chega a 250, segundo a coordenadoria, desde o mês de janeiro, além das licenças de saúde solicitadas pelos docentes. "Isso representa praticamente 10% desse contingente, também tivemos muitos abandonos ou demissões, porque apareceram novas oportunidades, mas isso faz parte do contexto.

A contratação emergencial já foi autorizada pelo governo do estado, e os professores devem começar a ser chamados a partir dessa semana.

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