Por G1 PE


Segundo estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio Silva Jardim, no Recife, merenda é preparada ao lado de esgoto aberto — Foto: Reprodução/WhatsApp

Apesar de estar entre as instituições de referência do ensino público estadual, a Escola Silva Jardim, no bairro do Monteiro, na Zona Norte do Recife, tem recebido críticas dos alunos devido à estrutura física e à qualidade da merenda. O esgoto próximo à área em que são preparadas as refeições, os equipamentos de ventilação quebrados e a recente ingestão de alimentos que fizeram mal a parte da comunidade escolar são algumas das denúncias feitas pelos estudantes.

Na quarta-feira (24), o almoço oferecido na escola causou náusea, dor de estômago, dor de cabeça e vômito em alguns dos estudantes que comeram a refeição preparada na instituição. “Comemos por volta das 12h e, às 16h, já tinha gente se sentindo mal. Tenho amigos que não estão se sentindo bem mesmo dois dias depois de terem comido lá”, conta uma estudante do 2º ano do ensino médio da escola que preferiu não ser identificada.

De acordo com a discente, a diretoria da escola foi procurada logo após o episódio. “Ela disse que ia enviar uma amostra da comida e da água para análise, mas depois fechou as portas para os alunos”, reclama, ao afirmar que as aulas não foram suspensas mesmo após vários estudantes se queixarem de dores depois de terem consumido a merenda.

Ainda de acordo com a estudante, as refeições é preparada numa área com uma saída aberta de esgoto. “O mau cheiro é horrível, muito ruim. Durante a semana, vi um rato andando na quadra da escola”, conta a aluna.

Além do saneamento, outras estruturas da instituição são alvo de críticas. “Por causa da chuva desta semana, o teto do banheiro feminino cedeu. Quando não está chovendo, os ventiladores não são suficientes para refrescar todo mundo que está na sala. Assistimos a nove aulas por dia e não podemos nem tomar banho, porque às vezes falta água”, pontua a estudante.

Resposta

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Educação confirmou ao G1 que alguns estudantes da referida escola passaram mal após consumirem a merenda e que, por meio da Gerência Regional de Educação, já foi solicitada a análise da água e dos alimentos oferecidos aos alunos. A previsão para a conclusão do laudo laboratorial é de cerca de 15 dias, a contar da data da coleta das amostras, feita na quinta-feira (25).

A respeito da denúncia de sujeira e animais no local, a pasta informou que a escola passa semestralmente por dedetizações e que a cozinha é limpa diariamente. O mau cheiro criticado pelos alunos, segundo a Secretaria, foi proveniente da caixa de gordura da escola, que tinha limpeza programada para acontecer nesta sexta (26). Devido ao procedimento, os alunos foram liberados das atividades escolares.

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