A dona de casa Maria Inês Mesquita, avó de um dos alunos, também está indignada. "[Ele] vai ficar sem aula? Férias prolongadas demais, acho que isso está errado", diz. Segundo os funcionários da escola ouvidos pela reportagem, é a primeira vez em 30 anos que o prédio é furtado desta forma.

Os funcionários descobriram o que tinha acontecido no sábado (17), dia do projeto Escola da Família.

Desde segunda-feira (19), todas as atividades foram canceladas, inclusive, no período de avaliações finais do semestre, como conta a mãe de um aluno da unidade, a dona de casa Ana Paula Oliveira Sales.

"Eles estavam em período de provas, para estar em férias, e ver essa situação dói muito no coração", conta Ana Paula Oliveira Sales.

Ana Paula e outra mãe, Aline Cardoso, alegam que falta policiamento da ronda escolar da Polícia Militar. Como a escola não pode ficar fechada, os funcionários se revezam para manter o local aberto, mas ninguém consegue trabalhar sem energia e sem água, já que a bomba não funciona.

A Assessoria da Polícia Militar informou em nota que possui 5 viaturas e 10 policiais militares direcionados à Ronda Escolar que "atuam por meio de policiamento ostensivo preventivo, em todas as Unidades Escolares, procurando atender as necessidades peculiares de cada Unidade, e em caso de ocorrências que fogem ao planejamento, os Comandantes das Companhias territoriais adotam medidas extraordinárias para atender as demandas até o retorno à normalidade."

Em nota, a CPFL informou que constatou os danos aos equipamentos e que "aguarda o contato do poder público, informando a regularização do padrão de entrada - sob responsabilidade da escola - para regularização do cliente". Também afirma que no endereço da escola não consta interrupção no fornecimento de energia elétrica.