É o que acontece na Escola Municipal Waldemiro José Pereira, localizada no bairro Shangri-La.

Durante o período mais grave da pandemia, o colégio foi fechado para reformas. Dois anos depois, na volta às aulas presenciais, os alunos dos quarto e sexto anos do ensino fundamental descobriram que precisariam assistir as aulas em pé - as salas estavam sem cadeiras e sem mesas.

Como a modalidade de ensino remoto foi interrompida, a escola chamou os pais para distribuir cópias do conteúdo em sala de aula para os alunos estudarem em casa.

O problema é que nem todas as famílias têm condições financeiras para pagarem pelas cópias.

"Já não estou nem dormindo direito. Minha filha, que gosta tanto de estudar, fica me perguntando todos os dias quando vai para a escola. Ela até chora", relatou um pai.

"Tenho um filho e uma neta no sexto ano. Eles não estão estudando porque não tem nem mesa, nem cadeira. Quero que eles voltem a estudar", disse a senhora Domirinda.

"Nossos filhos não podem estudar por falta de cadeiras e mesas. Eles precisam voltar a ter aulas presenciais para recuperarem o tempo perdido durante a pandemia", afirmou a vendedora Keith Bragança.

Na noite de quarta-feira (16), o Bom Dia Rio questionou a Prefeitura de Belford Roxo sobre a situação. Logo em seguida, as redes sociais da escola publicaram um aviso afirmando que as aulas presenciais retornariam nesta quinta.

No entanto, nenhum responsável foi avisado sobre isso.

Ainda de acordo com a prefeitura, as obras foram encerradas no dia 21 de fevereiro e as aulas ainda não haviam sido retomadas por um atraso na entrega do mobiliário.

Ainda de acordo com o município, todas as aulas perdidas serão repostas.