“Ele foi e deu dois murros na cara do menino, que saiu correndo. Foi a hora que ele sacou o revólver e foi atrás. Entrou dentro do colégio. Todo mundo assustado por causa do que aconteceu. [Ele] sacou o revólver no meio de todo mundo e foi para cima do menino”, contou em entrevista à TV Anhanguera.

O G1 tentou contato com o comando da Polícia Militar em Luziânia, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem. À TV Anhanguera, o comando informou que está apurando o caso por meio de uma sindicância, que foi aberta para avaliar a conduta do PM.

Já a assessoria de comunicação da PM havia informado que não conseguiria se pronunciar sobre o fato sem a identificação do policial, que ainda não foi revelada.

A família do estudante agredido informou que registrou o caso na Polícia Civil e que o garoto passou por exames no Instituto Médico Legal (IML).

Ainda segundo o estudante que afirma ter presenciado a agressão, a vítima estava assustada e tentou se esconder dentro da escola. O policial, que não estava em horário de serviço, entrou na unidade, mas foi contido por funcionários. O caso ocorreu na última terça-feira (20).

Em nota, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) explicou que no dia 20 houve uma briga entre estudantes em um ginásio localizado à frente da unidade e que o policial militar, que é pai de um deles, entrou na discussão “e, armado, correu atrás do outro aluno, que buscou refúgio na coordenação”.

A escola informou fez uma denúncia no comando da PM e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Além disso, afirmou ará uma denúncia ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) na cidade.

O delegado Daniel Marcelino informou que vai investigar o caso. “Nós vamos escutar o policial, nós vamos escutar os professores do colégio, as testemunhas do local para a gente poder estabelecer uma responsabilidade. Quem agrediu será responsabilizado”, afirmou.