Por G1 PI


Adolescentes suspeitos de assassinato e estupro coletivo são ouvidos em audiência — Foto: Júnior Feitosa/G1

Três adolescentes suspeitos de degolar um jovem, jogar o corpo dele no rio e estuprar a sua namorada grávida de seis meses durante tentativa de assalto na cidade de Uruçuí, Sul do Piauí, são ouvidos pela segunda vez nesta quinta-feira (8) pelo juiz da comarca do município, Rodrigo Tolentino. A audiência de instrução começou com 2h30 de atraso, devido a falta de internet no Complexo de Defesa da Cidadania, na Zona Sul de Teresina.

De acordo com a juíza da 1° Vara da Infância e Juventude de Teresina, Maria Luiza de Moura Melo, a audiência ocorre na capital devido aos adolescentes estarem internados no Centro de Educação Masculino (CEM), além disso, a transferência deles para o município de Uruçuí se tornaria muito onerosa.

Conforme o juiz Rodrigo Tolentino, além dos suspeitos também serão ouvidos nesta audiência: a vítima, testemunhas, familiares dos envolvidos, a defesa e a acusação.“Não quero prolongar muito esta oitiva, por isso vou ouvir todos os depoimentos e alegações de defesa e da acusação nesta quinta-feira, mas a sentença só irei proferir nesta sexta-feira (9)”, afirmou o magistrado.

O crime

No dia 2 de maio, três adolescentes foram apreendidos suspeitos de degolar o jovem Flaviano Marinho da Silva,19 anos, jogar o corpo dele no rio e estuprar a sua namorada de 15 anos, grávida de seis meses. Segundo o delegado Everton Ferrer, da Gerência de Polícia do Interior (GPI), os suspeitos confessaram os crimes e relataram para a polícia detalhes da barbárie.

Em depoimento, os menores disseram que primeiro estupraram a garota, degolaram o namorado na frente dela e em seguida jogaram o corpo do rapaz no rio. Um dos suspeitos revelou ter feito vídeos degolando o rapaz. Eles estão internados em área isolada e celas diferentes no Centro de Educação Masculino (CEM), na Zona Norte de Teresina.

O crime chocou e os moradores de Uruçuí chegaram a fazer uma caminhada pedindo paz. O pai do jovem Flaviano Marinho da Silva ficou inconformado e desacreditado na justiça, pois segundo ele, os suspeitos são adolescentes e serão liberados em no máximo três anos (prazo máximo de internação para adolescentes em conflito com a lei).

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