Por Mayara Subtil, G1 RO


Adolescentes internados na Unidade de internação Porvisória Masculina de Porto Velho também participaram dos exames. — Foto: Hosana Morais/G1

Os adolescentes que cumprem medida socioeducativa em Rondônia estão participando de provas para mudar e regularizar o nível de escolaridade.

As avaliações foram elaboradas pelo Centro Estadual de Educação para Jovens e Adultos (Ceeja). Os exames valem para inibir o atraso escolar e regularizar os níveis dos ensinos fundamental e médio.

Mais de 100 internos das quatro unidades de internação de Porto Velho fizeram o exame na terça-feira (26), segundo a Fundação Estadual de Atendimento Socioeducativo (Fease). As provas começaram a ser aplicadas há uma semana.

Os internos de municípios como Cacoal e Ariquemes já fizeram os testes. O cronograma de provas começou em 8 de maio e será finalizado entre os dias 2 e 3 de julho, datas em que Rolim de Moura passa pela aplicação.

No conteúdo das provas, há ciências humanas e da natureza, linguagens e matemática. — Foto: Roberto Prati/TV Gazeta

Ao todo, pelo menos 138 adolescentes, de 15 e 18 anos, já fizeram as provas. No conteúdo, há as ciências humanas e da natureza, linguagens e matemática. Na prática, os alunos estudam por módulos e recebem paralelamente acompanhamento escolar e psicológico.

Nível superior

De acordo com a pedagoga e coordenadora de apoio ao adolescente, Raika Fabíola, as provas possibilitam que o aluno fique apto para concorrer a uma vaga em universidade pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

"Ele [interno] pode entrar na faculdade sim, dependendo da estatura de nível e se realmente está preparado. Pode até concorrer a uma vaga na faculdade pelo Enem, mesmo em cumprimento de medida", explicou a pedagoga.

Para Raika, o número atual de alunos que já fizeram a prova é significativo, já que a maioria dos internos encontram-se em defasagem escolar.

"A maioria dos internos estão atrasados com os estudos. Aqui em Porto Velho, só na Unidade I, 62 adolescentes fizeram o provão. Isso é positivo, pois esse é um sinal de que estão se esquecendo daquela vida de crimes e investindo em um futuro promissor através dos estudos", opinou a coordenadora.

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