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Direitos da criança e do adolescente

Ação #MeninasOcupam leva jovens a instituições públicas e privadas em busca de igualdade de gênero

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Por Bruna Ribeiro
Atualização:
Crédito: Leo Duarte  Foto: Estadão

No dia 11 de outubro é celebrado o Dia Internacional da Menina. As celebrações já começam no início da semana, na segunda (7), com o movimento #MeninasOcupam, que proporciona a experiência de jovens meninas ocuparem por alguns horas cargos de liderança em mais de 50 instituições públicas e privadas, mostrando que essas posições também são espaços para elas. O movimento continua durante todo o mês de outubro.

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Criado pela Plan International Brasil, organização que atua com o objetivo de empoderar crianças e adolescentes, o movimento levantará a bandeira da campanha mundial Meninas Pela Igualdade e ocorrerá nos estados  de São Paulo, Bahia, Maranhão e Piauí - onde a instituição já atua com projetos como a Escola de Liderança para Meninas.

De acordo com a organização, no ano passado, mais de 550 jovens participaram das ocupações no Brasil. No mundo todo, a Plan International registrou mais de 1 mil iniciativas para o movimento em 70 países, organizados sob a hashtag #GirlsTakeover.

Como funciona

As meninas dos projetos da organização serão convidadas a experimentarem os ofícios em instituições públicas, como o governo do estado, prefeituras e Ministério Público, e instituições privadas, como direção de empresas, postos de apresentadores de televisão e jornalistas de veículos impressos e rádio.

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Em São Paulo, Instituto Tomie Ohtake, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), The Body Shop, AstraZeneca e Mapfre são algumas das empresas participantes.

De acordo com Cynthia Betti, diretora executiva da Plan International Brasil, o movimento pretende mostrar à sociedade toda a potência das meninas. "Queremos reforçar que estereótipos negativos replicados pela sociedade e pela mídia se tornam obstáculos para que as meninas atinjam seu potencial máximo", diz a diretora.

"Com nossa campanha Meninas Pela Igualdade, conseguimos destacar as barreiras enfrentadas pelas meninas para acessar direitos e representatividade. É uma oportunidade de engajar as pessoas para um mundo mais igual, em que as meninas possam desenvolver seus potenciais", completa.

Importância de celebrar

A data e as celebrações são de extrema importância pelo reconhecimento geracional da desigualdade. É muito comum falarmos da desigualdade de gênero e empoderamento de mulheres, mas é preciso olhar atentamente para as meninas, pois há alguns tipos de violência mais comuns contra elas.

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Um deles é o casamento infantil. O Brasil é o quarto colocado no ranking mundial absoluto e o terceiro país da América Latina com maior índice de casamentos de meninas com menos de 18 anos, representando 36% das uniões.

Outro dado alarmante é que 15 milhões de meninas de 15 a 19 anos já foram estupradas ou violentadas sexualmente alguma vez na vida. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde, todo ano, 16 milhões de meninas de 15 a 19 anos dão à luz em regiões em desenvolvimento.

É urgente incluir o recorte geracional nos debates de redução de desigualdade de gênero. Vocês podem tudo, garotas!

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