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Por — Brasília

A primeira edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) após a volta de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência expôs desafios para a próxima edição, como vazamentos de imagens da prova, uma abstenção ainda no patamar dos 30% e problemas no banco de questões. Veja os principais pontos.

Vazamentos

O exame foi marcado por casos de vazamento de imagens das provas nos dois dias de aplicação, em 5 e 12 de novembro. No primeiro dia, imagens do texto motivador da redação e de todas as questões da prova circularam três horas antes do permitido. No segundo dia, em vez de fotos, o GLOBO recebeu um arquivo em PDF com todas as páginas da prova amarela, por volta das 17h.

Os alunos só podem sair do local de prova com o caderno em mãos às 18h30 --- antes disso, a divulgação do material é tratada como um vazamento. O Inep, órgão vinculado ao MEC e responsável pelo Enem, acionou a Polícia Federal em ambos os casos para que os responsáveis sejam encontrados. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, os materiais vazaram após o início da prova nos dois domingos.

— Nós acionamos a Polícia Federal. O MEC já acionou hoje pelo fato de ter circulado por volta das 17h essa prova escaneada. Não há nenhum prejuízo porque não houve confirmação de vazamento antes do início da prova — comentou o ministro sobre o segundo vazamento em entrevista a jornalistas.

O Inep informou na tarde deste domingo que a Polícia Federal já identificou oito pessoas que divulgaram imagens dos Cadernos de Questões do Enem 2023 durante a aplicação do primeiro domingo, aplicadas em 5 de novembro.

Questões repetidas

Professores que fizeram o Enem 2023 perceberam que a prova deste domingo reutilizou duas questões já conhecidas. Uma delas é quase idêntica a um item que apareceu num vestibular da Universidade Estadual de Goiás (UEG), em 2003.

A outra é totalmente igual à da prova de reaplicação do Enem 2010 e foi anulada, segundo Santana. O item anulado foi o de número 177 no caderno amarelo. Ela trata sobre números da gripe H1N1.

Segundo o presidente do Inep, a questão similar à aplicada pela UEG não deve ser anulada.

-- Ele é um item que trabalha com um tipo de habilidade frequentemente avaliado em diferentes testes. Semelhanças que existam são semelhanças do tipo de problema que é proposto ao estudante. É um item que, na avaliação feita pela equipe responsável, pareceu que não há qualquer problema que venha a justificar a anulação ou outros questionamentos.

Na UEG, a questão se referia a uma tribo de indígenas entre a Austrália e a Nova Guiné que não possui escrita, mas estabeleceu um sistema numérico. Apesar de antiga, ela é facilmente encontrada em sites com bancos de questões para preparação ao Enem. Em 2003, o item pedia para o candidato seguir o padrão e descobrir qual seria o número 17.

Banco de questões esvaziado

Ainda de acordo com o presidente do Inep, o órgão deve lançar uma nova seleção para elaboradores e revisores de questões do Enem no início de 2024. O edital integra um esforço da autarquia para aumentar o volume de questões no Banco Nacional de Itens (BNI), banco de dados que armazena os itens do Enem.

--- Nós estamos tomando as providências para fortalecer toda a equipe que trabalha na construção dos itens do Enem --- disse. --- Com isso, conseguirmos ter um BNI mais robusto para a realização do Enem a cada ano.

Na edição de 2022, ainda sob a gestão de Jair Bolsonaro, o Inep precisou reciclar itens elaborados em outros anos para garantir uma prova sem perguntas versões passadas do exame. A reciclagem ocorreu porque o governo deixou de abastecer por dois anos o BNI, que guarda as questões prontas para serem utilizadas, gerando escassez no número de itens disponíveis para compor a avaliação.

Abstenção

Mesmo com o esforço para que o número de inscrições se refletisse na adesão à prova, o governo não conseguiu reduzir a taxa de abstenção, mantendo os mesmos níveis da edição de 2022. No primeiro dia da edição deste ano, a abstenção foi de 28,1%. No segundo, foi de 32%.

No ano passado, a ausência foi de 28,3% no primeiro dia e de 32,1% no segundo dia. A abstenção da última edição foi a segunda maior desde 2015, ficando atrás somente do ano de 2020, durante a pandemia da Covid-19, quando 55% faltaram à prova.

O número de participantes do Enem era uma das preocupações do governo desde a transição. Aliados do governo Lula diziam que o governo de Jair Bolsonaro esvaziou o exame.

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