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Por Jô Alvim, Psicóloga

É fato que, nós mulheres, batalhamos, crescemos em muitos espaços e acumulamos conquistas importantes como maior presença no mercado de trabalho, mais acesso à educação, maior independência pessoal e financeira, maior representação política, dentre outras. Contudo, apesar das notáveis transformações e vitórias, a desigualdade de gênero ainda pode ser vista em vários contextos, limitando as oportunidades das mulheres. Portanto, ainda há muito a ser feito.

A busca pelo equilíbrio entre carreira e vida pessoal, tem gerado culpa em muitas mulheres, uma vez que, algumas culturas, de certa forma, ainda reproduzem um antigo discurso de que a educação dos filhos e os afazeres domésticos são responsabilidades dela, resultando em jornadas duplas ou triplas. Isto pode dificultar a progressão de sua carreira, uma vez que muitas mulheres acabam abrindo mão de oportunidades de trabalho.

A violência contra as mulheres, que pode ocorrer em diversos contextos e assume diversas formas desde a física até a psicológica, é um problema grave com consequências danosas para saúde física e mental. E, a despeito das inúmeras campanhas e leis que buscam punir os agressores e proteger as vítimas, a violência continua e com estatísticas assustadoras.

A verdade é que, nos últimos tempos, criaram novas expectativas e necessidades, importantes sim, sem dúvida, mas que ao mesmo tempo esboçam um cenário que transmite a imagem de uma mulher que dá conta de tudo.

Toda esta sobrecarga desencadeou à mulher exaustão emocional com aumento dos níveis de ansiedade, cansaços constantes, alteração do sono, depressão, além da sensação de que é insuficiente para a realização das demandas profissionais, pessoais e familiares, gerando conflito interno.

O problema é que muitas não reconhecem seus limites e adotam este comportamento de “ter que cumprir tudo” para corresponder a expectativa dominante, prejudicando sua qualidade de vida e, claro, a autoestima.

Olhar para si, para a sua história pessoal, e, se necessário, dar um outro sentido, incluindo os projetos de vida, é um desafio, ao mesmo tempo que é o caminho em direção a sua maior conquista: a do amor próprio. Créditos: Joselene L. Alvim psicóloga

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