Por France Presse


A jovem Malala Yousufzai foi ferida a tiros pelo Talibã após criticar a milícia e promover a educação para meninas; desde então, ela se tornou a principal voz pelo direito à educação das meninas, e é a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz — Foto: Mohsin Raza/Reuters

Ao menos 62 milhões de meninas no mundo não têm acesso à educação, enquanto dois terços dos analfabetos são mulheres, alertou nesta segunda-feira (24) em Santiago do Chile Irina Bokova, diretora da Unesco.

Durante uma visita à capital chilena, Bokova manifestou sua preocupação pelas dificuldades encontradas pelas meninas para acessar a educação. Essa é "uma das principais causas de exclusão social em muitas comunidades".

"A 62 milhões de meninas é negado o direito à educação", enfatizou a diretora da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em uma conferência na Academia Diplomática do Chile.

Bokova alertou ainda sobre a falta de igualdade educacional entre meninos e meninas em nível mundial: 60% dos países conseguiram alcançar a paridade na educação primária e só 38% na secundaria.

As mulheres representam dois terços dos 758 milhões de adultos analfabetos do mundo, o que "prejudica todas as sociedades, freia o desenvolvimento e mina os esforços de paz", acrescentou Bokova.

A diretora da Unesco participou desta conferência no contexto da "Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável" adotada pela ONU em 2015 e que contempla 17 objetivos com 169 metas de caráter integrado e indivisível que abarcam as esferas econômica, social e ambiental.

"A igualdade de gênero é um elemento central da Agenda 2030", concluiu Bokova.

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