Por g1 SP — São Paulo


Prefeito Ricardo Nunes (MDB) e secretário-adjunto da saúde Luiz Carlos Zamarco, na manhã desta segunda-feira (21) — Foto: Reprodução/GloboNews

Na cidade de São Paulo, 250 mil crianças de 5 a 11 anos de idade ainda precisam tomar a vacina contra a Covid-19. Nesta segunda-feira (21), a capital paulista começou uma busca ativa nas escolas municipais por essas crianças que ainda não se imunizaram.

Este número foi informado pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, durante a vacinação em uma escola em Santo Amaro, na Zona Sul da cidade.

"Temos 1 milhão e 83 mil alunos nessa faixa [de 5 a 11 anos], e o que faltam são 250 mil crianças para se vacinar", disse o prefeito.

Nunes comparou ainda a vacinação na capital com outras grandes cidades do mundo. "Na população de 11 a 5 anos na cidade de São Paulo temos 74% das crianças vacinadas. Em Nova York é de 50% e em Toronto 56%, portanto São Paulo se consolida cada vez mais como a capital mundial da vacina".

Busca ativa

A busca ativa começa com a direção de cada escola municipal, que faz um levantamento das carteirinhas de vacinação contra Covid-19 dos alunos para verificar quais ainda precisam receber a primeira ou a segunda dose.

Segundo a prefeitura, as unidades de saúde de cada bairro, junto com as escolas, fazem o agendamento das ações de vacinação, que começam nesta segunda (21). Se necessário, cada escola pode ter mais de um dia de campanha.

A vacinação deve ocorrer no horário de início das aulas e 30 minutos antes do término de cada período. Ainda segundo a prefeitura, a própria escola deve entregar os termos de consentimento aos pais ou responsáveis pelos alunos, indicando a data e horário da ação.

A proposta faz parte da 'Semana E', criada pelo governo estadual com o objetivo de acelerar a imunização infantil e reduzir o número de adolescentes "faltosos", ou seja, que já cumpriram o intervalo obrigatório entre doses, mas não retornaram aos postos de vacinação da capital para completar o esquema vacinal básico contra a Covid.

A ação contará com a participação de técnicos da Vigilância em Saúde da secretaria municipal, que são aptos para fazer a aplicação dos imunizantes. Crianças com 5 anos e imunossuprimidos devem ser vacinados com a Pfizer pediátrica. Nas faixas etárias de 6 a 11 anos pode ser aplicada também a CoronaVac.

Como a imunização será feita em ambiente escolar, as instituições de ensino ficarão encarregadas de fornecer os termos de autorização, que terão de ser assinados pelos pais ou responsáveis e apresentados no dia marcado para a aplicação da vacina, junto com o cartão de vacinação (no caso dos que já podem tomar a segunda dose).

Governo de SP fará busca ativa nas escolas para acelerar vacinação de crianças e 2ª dose em adolescentes

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'Semana E' de vacinação

No sábado (19), teve início a 'Semana E' de vacinação contra Covid-19 no estado de São Paulo. A ideia da Secretaria Estadual da Saúde era montar tendas em escolas estaduais, municipais e, se possível, em particulares, no período de 19 a 25 de fevereiro, para acelerar a vacinação infantil e aplicar segundas doses em adolescentes "faltosos".

Porém, como as equipes que realizam o processo de imunização são das secretarias municipais, coube às cidades definirem como essa 'Semana E' ocorreria em cada local.

Na capital paulista, a Secretaria Municipal da Saúde decidiu iniciar a campanha somente nesta segunda-feira (21) e apenas em escolas municipais.

O prefeito da capital que a campanha nas escolas não corre o risco de provocar desabastecimento de insumos e profissionais de saúde nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e postos de vacinação da cidade.

Carteirinha de vacinação infantil para Covid-19 no estado de SP — Foto: Fabrício Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo

Imunização infantil

Criança sendo vacinada contra Covid-19 no estado de São Paulo — Foto: ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O imunizante produzido pelo Instituto Butantan começou a ser aplicado no público infantil da capital paulista em 22 de janeiro. Quem foi imunizado nesta data completou o intervalo obrigatório de 28 dias entre as doses de CoronaVac no sábado (19).

Apesar do imunizante do Butantan que é aplicado nas crianças de 6 a 11 anos ser o mesmo que o dos adultos – mesma dose também –, a SMS determinou que o intervalo entre D1 (primeira dose) e D2 (segunda dose) deve ser de 28 dias ou quatro semanas, no caso dos mais novos. Para os adultos, o período de espera segue de 15 dias ou duas semanas.

No caso de quem recebeu a primeira dose do imunizante da pediátrico da Pfizer, como crianças de 5 anos ou imunossuprimidas, o intervalo que deve ser aguardado para o recebimento da segunda dose é de 56 dias ou oito semanas.

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